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07 abril 2017

Viajei no chá

Sempre que estou fazendo algum trabalho eu acabo mergulhando num mundo imaginário. Minha cabeça viaja. Ás vezes lembro da situação em que comprei o material, de onde me inspirei, as possibilidades de trabalho. Daí começo a pensar sobre quem vai recebê-lo, como vai usá-lo, na expressão da pessoa quando abrir o pacote. Alguns eu vou mais além. Disperso do que estava pensando pra entrar no Google e tentar descobrir como ele foi criado. 


No caso dessa peça eu viajei no chá. Eu amo tomar chá. Tomamos muito aqui em casa. De vários tipos, para várias finalidades. E aí me ocorreu...Quem foi a pessoa que descobriu os benefícios? Quem teve a ideia de esquentar água e jogar uma plantinha dentro, tomou e gostou do que provou?



                           

Então vai lá! Esquenta uma água, separa seu sachê e leia esse resuminho do que descobri.



A história do chá remonta a época um tempo de 5000 anos atrás. Na China, o governo do Imperador Sheng Nong instituiu uma lei que obrigava o povo a sempre ferver a água antes de beber. Ele, que era considerado um cientista, tentava conter uma doença epidêmica durante o seu reinado.

Um dia, enquanto descansava embaixo de uma árvore, uma folha caiu sobre uma xícara de água que ele deixou para esfriar. Percebeu que a água ganhou um tom castanho. Resolveu bebê-la. Sentiu um aroma refrescante. E partir de então, o chá passou a ser muito consumido por séculos pela população oriental e templos budistas.



Curiosamente, muita gente associa a tradição de beber chá aos britânicos. Mas essa bebida entrou na Europa só em 1560, pelos holandeses, que fizeram a primeira importação da China, e posteriormente, os portugueses que passaram a consumi-la. Ele apenas chega à Inglaterra quase cem anos depois, em 1652, pela portuguesa, Catarina de Bragança, filha do Rei D. João IV. A primeira encomenda de chá da Inglaterra foi em 1664.


Adoro um pouquinho de cultura inútil! Esperam que vocês também. ;)

27 setembro 2016

Por que fecho da vovó?

Quando eu pensei em fazer carteiras e portas moedas com fechos de metal tive uma certa dificuldade de descobrir onde comprá-los. Minhas buscas pela internet sempre me levavam a diversos tipos de fechos e não as bolinhas que se abrem com um simples gesto de dedos. Foi uma vendedora de uma loja na região da  25 de março que me contou que essas peças são popularmente conhecidas como fecho da vovó. A partir daí minhas compras têm sido bem mais fáceis. Encontrei diversos modelos e pedrarias que decoram esse artefato capaz de deixar um simples porta moedas numa bolsinha de mão chique e sofisticada. Mas eu ainda tinha uma dúvida: por que fecho da vovó? quão antigo é esse fecho? será que minha avó também o chamava assim? 

Eu não sei o que seria de mim e minha curiosidade sem a internet. Entrando em um link, que me levou a outro e a outro descobri que em Amsterdã há o maior museu de malas e carteiras do mundo, o Tassen Museum Hendrikje Museum of Bags and Pourses. É único na Europa e possui um acervo de mais de 5 mil sacos, bolsas, malas e acessórios que, por meio da moda, remontam a história para contar as evoluções sociais e estilos artísticos do final da Idade Médias aos dias atuais. 

Se assim como eu você também tem curiosidade em saber como as pessoas foram acomodando seus pertences ao longo dos séculos e como as artes e os costumes influenciaram nessas transformações, visitá-lo deve ser um passeio bem interessante. Além disso ele fica situado num belo edifício do século 17, numa região de canais declarados Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Enfim, não consegui saber com exatidão quando esse tipo de fecho foi criado. Mas lendo os textos do site do museu e analisando as fotos de algumas peças do acervo, o mais parecido com o que temos hoje surgiu no século 19. Ou seja, provavelmente nossas avós também já o consideravam "retrô".

Toda essa história veio à tona hoje porque enviei esses porta moedas (foto abaixo) para uma cidade chamada Riachuelo, no Rio de Janeiro. Pois é. Tem coisas que não saem de moda.



13 outubro 2015

Sobre minha mãe e suas mantinhas

Minha mãe sempre foi minha principal fonte de aprendizado e incentivo aos trabalhos manuais. Mesmo com a facilidade de encontrar vídeos e tutoriais, foi com ela que adquiri a base para entender as técnicas e possibilidades dos materiais que eu tenho. Não eram raras as vezes em que ela aparecia em casa com materiais diferentes e técnicas novas. Quando eu fiquei grávida, não foi diferente. O Arthur ia nascer no verão, por isso seria bem vinda uma mantinha fresquinha e, claro, cheia de charme.

Hoje D. Elza está com 72 primaveras. Não só uma fonte de renda, o artesanato pra ela também cumpre a função de exercício cerebral. Ela anda meio esquecidinha. Depois de alguns exames, o médico recomendou que ela procurasse algumas atividades. Uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia, mostrou que as atividades cognitivas são a melhor maneira de exercitar o cérebro e preservar memória. E uma outra feita na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontou que idosos que realizam tarefas simples como corte, costura, tricô, trabalhos em madeira e colagem são sete vezes menos propícios a apresentarem demência do que os que não costumam realizar atividade alguma. Não tem problema se nenhum dos seus avós (ou você, se pensarmos no futuro) curte trabalhos manuais. Ler, escrever, jogar e pintar também valem como atividade. Minha mãe adora um caça palavras e também foi super recomendado.

Mas voltando...durante minha gravidez ela me mostrou uma manta para bebê que estava fazendo com saco de algodão e lã, entrelaçados com muita paciência e atenção. O algodão precisa estar milimetricamente desfiado e o percurso da lã no tecido tem que ser certeiro para que surja o desenho esperado no final. E isso exige concentração, boa visão e muita memória. Só sei que com a técnica de uma estampa, ela passou a criar outras. Sucesso absoluto!

No fim das contas o Arthur ganhou duas: a azul e a vermelha. Na vermelha eu fiz um acabamento com viés de cetim. Usei como saída de maternidade e até hoje levo quando quero uma mantinha leve.

Já faz dois anos que minha mãe continua fazendo suas mantinhas. Algumas são encomendas e outras doação para a irmandade da igreja. Se você gostou, quiser uma ou mais fotos, pode entrar em contato comigo que eu faço a ponte. Sem pedágio, ok?! (pedidos@fabicassim.com.br)

06 setembro 2015

Você conhece o boneco Naninha?

Eu tenho uma dificuldade absurda para escolher presentes. Quando é para crianças então a coisa duplica. Nunca sei o que comprar. Será que vai gostar? E se já tiver esse brinquedo? Os pais vão aprovar? São tantas dúvidas que em 90% das vezes eu me arrependo e fico com aquela sensação de que deveria ter comprado "aquele outro". Agora que eu tenho filho os convites para festas infantis aumentaram e minhas dúvidas também.

Quando o Arthur ainda era bebê minha sogra deu para ele uma naninha, um boneco fofinho com uma almofada dentro. Ele sempre esteve presente no bercinho dele, mas como dormia no peito e eu o amamentei até poucos meses atrás, acabou ficando um pouco de lado. 

Com o desmame e a mudança do berço para a caminha, o Menino, como o Arthur o chama, passou a ganhar mais atenção e um cantinho na hora de dormir. Foi aí que eu entendi a importância da naninha como objeto de transição. Além de lhe causar uma sensação de conforto, o boneco lhe passa uma segurança quando eu ou o pai estamos ausentes. Ele conversa, aperta e abraça o Menino como se fosse um amigo real. Até nas brincadeiras de carrinho ele está presente.

A partir daí eu tive a ideia de fazer esse aí da foto abaixo para presentear uma amiguinha de escola que fazia aniversário e que certa vez a mãe havia comentado que ela estava com dificuldade para dormir sozinha no quarto.



Outro dia a mãe dela me contou que geralmente ela dorme com ele ou o escolhe para levar na escola no dia do brinquedo. Nem preciso dizer o quanto fiquei feliz com o acerto. Assim, resolvi fazer mais para colocar na aqui loja e a resposta tem sido muito bacana.






25 abril 2015

Pode fazer um monte! Não tem açúcar!

Eu ainda gosto de usar minhas revistas de artesanato para pegar algumas inspirações, pesquisar alguma coisa de vez em quando. Mas o Pinterest... pra mim é hoje a melhor fonte de inspiração. Eu simplesmente amo essa rede social. E entre muitos achados de hoje, a imagem de um donut ganhou em fofura. Fácil de fazer e o resultado é lindo. Eu já o imagino decorando uma mesa de chá, uma festinha infantil... (com alguns de verdade para não sacanear a criançada, por favor!) ou  em casa mesmo, na cozinha como imã de geladeira, lembrança de um chá de cozinha. :)

Veja também:

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